quinta-feira, janeiro 31, 2013

Doações por telefone ajudam a custear 60% das despesas do GACC




Com R$ 25 por mês, sem sair de casa, a vendedora de cosméticos Inês Amorim, de 68 anos, ajuda dezenas de crianças do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC). Doadora há três anos, ela conheceu a instituição por meio do serviço de call center após doar, primeiro, um pouco de seu tempo para conhecer o trabalho do GACC.
Ela conta que sempre recebia os telefonemas do call center, mas nunca podia atender por estar ocupada com o neto, trabalho e com a casa. “Um dia eu estava disposta a ouvir as atendentes. Naquele dia eu escutei e fiquei curiosa para saber como funcionava e me encantei com o projeto. Eu sempre tentei ajudar as pessoas e após a conversa vi que o grupo era sério e que as crianças precisavam dos recursos”, diz.
Inês e o marido fazem parte dos doadores de ouro do GACC, pessoas que contribuem mensalmente há anos, e que ajudam a custear até 60% dos gastos que a instituição tem para atender as 380 crianças que precisam de cuidados especiais. As contribuições cobrem os gastos com hospedagem para os familiares das crianças em casas de apoio até o final do tratamento, alimentação, transporte até o hospital, remédios e todo o atendimento nutricional e psicológico necessário.
O trabalho de captação de doadores é realizado todos os dias por uma equipe de 14 profissionais treinados para explicar o trabalho realizado no GACC. Leonardo Valle, 33 anos, gerencia o trabalho dos atendentes do call center desde março de 2009 e explica o trabalho realizado no grupo. “Nossa função é ligar para a população e tentar sensibilizá-los com a causa. A aceitação é boa. Geralmente, as pessoas nos recebem bem e querem ajudar uma vez ou outra, mas precisamos desses recursos todos os meses”, conta.
Mensageiros identificados
As atendentes fazem as ligações a partir da lista telefônica e os mensageiros coletam o dinheiro na casa do doador. Leonardo ressalta que, em caso de dúvida, o doador deve entrar em contato por telefone ou ir pessoalmente à sede para conhecer o local e o trabalho desenvolvido na instituição. “Todos os nossos atendentes se identificam e passam o telefone de contato, caso alguém queira conferir se é do GACC mesmo. Os mensageiros vão fardados, identificados e levam recibos nominais aos doadores. É importante lembrar também que eles só fazem a coleta do dinheiro nas residências após contato telefônico da nossa equipe”, explica. Segundo Leonardo, a intenção é despertar no contribuinte, o sentimento solidariedade e mostrar que fazer o bem ao próximo é possível com uma simples ligação que pode mudar a vida de uma criança.
Para conhecer a instituição e os benefícios da boa ação, os doadores são convidados a participar dos eventos promovidos pelo GACC durante o ano. Em uma dessas visitas, Inês lembra que se emocionou ao conversar com uma das crianças que conheceu. “Fiquei tão feliz com o que os pais me contaram do trabalho do grupo que tive certeza que estava fazendo a coisa certa”, revela. “Precisamos despertar essa prática da solidariedade. Depois que a gente começa, não pode mais parar. Um amigo já dizia que a alegria de dar é maior do que a de receber. E com esse amigo, aprendi a doar”, completa Inês.
O Grupo de Apoio à Criança com Câncer mantém um site (http://www.gaccamazonas.orge página nas redes sociais com notícias sobre o trabalho, eventos, endereço e contatos para quem tiver interesse em conhecer a instituição.  As doações podem ser feitas pelo telefone 3633.1096.

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